Educação inclusiva e valorização dos professores
Palestrante
Desmistificando a educação: falando sobre inclusão e transtornos mentais de forma casual e realista.
Textos
Nudez explícita: a culpa dos eleitores
          Por curiosidade, em uma pesquisa na Internet, você acessou este texto devido ao seu título. Isso mostra que você é tão curioso(a) quanto a maioria dos seres humanos em toda a história. Já dizia Pascal que a curiosidade inquieta das coisas que o homem [e a mulher] não pode saber é a sua principal doença. Os meus textos mais lidos trazem títulos, não chamativos propositalmente, mas que chamam a atenção por si mesmos, como “Oração poderosa”, “Educação de filhos: com ou sem palmadas?” e “Indisciplina na sala de aula”. Temas do cotidiano. No caso deste, provavelmente, seu pensamento malicioso entrou em ação e o(a) levou a verificar o que seria, qual o motivo da proibição.

           No entanto, o meu texto nada tem de indecente, mas tem a ver com a indecência que assola nossa sociedade, especialmente a classe política e seus eleitores. A nudez explícita a que me refiro aqui tem nada a ver com revistas ou sites pornográficos, mas sim com os escândalos já descobertos e os que ainda o serão muito em breve, e eu vou explicar porquê.

           Pois bem, quando eu cito tanto políticos quanto eleitores, é porque a corrupção está generalizada, abrangendo ambas as categorias. Os governantes, senadores, deputados e vereadores que temos, incluindo quem ocupa cargos no alto e no baixo escalão, sejam na esfera administrativa federal, estadual ou municipal, com todas as suas falcatruas, são reflexos da sociedade. Os políticos corruptos que aí estão foram colocados em seus postos pelos eleitores. E muitos desses eleitores também se vendem, se corrompem, independente do nível social, financeiro e cultural. Infelizmente, os mais pobres encontram-se à mercê de políticos demagogos e populistas, como temos um graúdo no Distrito Federal, que se aproveita da miséria dos outros para se eleger por inúmeros mandatos.

          A meu ver, a maioria dos eleitores brasileiros (não todos, bem entendido) precisa tomar vergonha na cara e parar de eleger safados. Além disso, também necessitam considerar em suas vidas a ética e a moral, fazendo primeiro o dever de casa, para depois ficarem reclamando dos políticos que eles mesmos elegeram, e que são reflexo de uma sociedade [de eleitores] degenerada. Pegar uma caneta emprestada para fazer uma anotação e não devolver depois é tão errado quanto pegar dinheiro público. Não existe esse negócio – uma desculpinha – de erro grande e erro pequeno; tudo é erro, seja praticado por quem for. Se queremos políticos decentes, os eleitores devem começar agindo decentemente, os professores precisam educar decentemente, formando cidadãos decentes, éticos, honestos. A honestidade não é apenas um termo em desuso, mas um princípio universal que vale para qualquer época e qualquer lugar.

          Há dois textos bíblicos que eu gostaria de citar aqui. O primeiro é de Jesus Cristo (Lucas 12:2): “Nada há encoberto que não haja de ser descoberto; nem oculto, que não haja de ser sabido”. Ninguém consegue esconder coisas erradas a vida toda. Um dia isso virá à luz. O segundo texto é do rei Salomão (Eclesiastes 12:14): “Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau”. Se a justiça [brasileira, também corrompida] não julgar corretamente, haverá um julgamento muito mais sério e mais severo, acredite o indivíduo ou não. E muitas vezes se paga aqui mesmo, pois existe o princípio da causa e do efeito, do plantar e do colher, do qual ninguém escapa. Para ter um mínimo conhecimento desse princípio, basta observar a natureza.

          Toda nudez será explícita. Toda a corrupção política brasileira virá à tona, estará na mídia nacional e internacional, ainda que nossos políticos não tenham mais brio, sentimento da própria dignidade, não deem a mínima para a opinião pública e nem sejam julgados e punidos. E, pelo menos esperamos, que seja proibido o acesso ao voto para eleger aproveitadores, oportunistas e ladrões do povo; ou seja, que os eleitores tenham o mínimo de vergonha e não elejam ou reelejam mais esses safados.

* Prof. Maurício Apolinário
  é autor do livro “A arte da guerra para professores”
   prof.mapolinario@gmail.com
  www.mauricioapolinario.com.br
Maurício Apolinário
Enviado por Maurício Apolinário em 05/01/2010
Alterado em 11/01/2010
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